Vida. Vida. Vida. É tudo o que temos e tudo o que somos. Cada dia que passa sinto como tudo é ao mesmo tempo complexo e simples, como tudo é multifacetado e como não podemos apenas achar que somente um lado da questão é a correta. Tudo tem um sentido. Nada pode ser reduzido como se faz com um cálculo matemático. A vida é muito mais do que isso. Podemos até nos ater a determinados pontos de vista, porque a vida é curta e não dá para avaliarmos tudo de uma só vez, por isso mesmo temos várias vidas para termos as oportunidades de que precisamos para vivenciar cada situação.
Ultimamente a situação mundial chegou a um ponto em que se não tivermos fé e confiança de que tudo isso faz parte de um plano maior, não vamos conseguir sobreviver com um mínimo de contentamento e gratidão. A coisa aparentemente está feia e só podemos inferir que há algo bem mais importante acontecendo por trás dos bastidores, porque senão a vida não teria qualquer sentido.
Uma rápida avaliação das civilizações e culturas, que o ser humano tem criado através dos milênios de existência na Terra, demonstra que, apesar dos avanços tecnológicos, o ser humano continua sendo o que sempre foi em termos de massacres, poderio, controle, expansionismo, cobiça, desconsideração em relação aos outros, ganância e leviandade. No entanto, fazendo parelha com tudo isso, vemos o mesmo ser humano solícito, ajudador, compassivo, empático, interessado no bem do outro, disposto até a certos sacrifícios desnecessários, enfim o velho ser humano que abriga tudo dentro de si, o chamado bem e mal, que vimos aqui experimentar para ver se no final das contas o amor prevaleceria.
Por tudo que temos visto, acredito que o amor venceu. Venceu mesmo. O que ainda vemos que não é amor, são resquícios de situações já vividas, que ainda estão por aí para serem dissipadas de uma vez por todas. A existência humana é pequena em relação às experiências que temos que viver, mas ao somarmos todas as existências que tivemos, formamos um caleidoscópio bem interessante que nos dá uma boa visão do que vimos aqui experimentar.
Muita coisa foi desaprendida, por falta de uso, como por exemplo, o nosso corpo físico que sofreu algumas mudanças de roteiro devido às químicas impostas pela ganância das corporações farmacêuticas. Mas, ainda assim, percebemos que quando damos ao nosso corpo a oportunidade de se regenerar, quando procuramos compreendê-lo sem abusar de substâncias, que tentam substituir a sua atividade normal, ele se regenera de uma forma milagrosa. Isso porque ele foi criado com essa prerrogativa de poder regenerar-se. Claro, que vez por outra precisamos dar-lhe um suporte maior, talvez com um produto homeopático, floral ou mesmo um óleo essencial ou fitoterapia. Contudo, o nosso corpo é poderoso, consciente, inteligente e sabe das coisas… nós é que não sabemos e muitas vezes trabalhamos contra, em vez de a favor de nosso corpo.
É bom confiar no fato de que estamos apenas passando por dificuldades próprias do momento grandioso por que estamos passando, e que o futuro será brilhante, que a atual civilização está mesmo nos estertores e que algo novo e diferente será instalado em seu lugar. Aliás, já notamos aqui e ali, núcleos dessa mudança, que, no tempo certo, será ampliada para envolver tudo e todos.
As tentativas de nos amedrontar em todos os níveis se faz presente agora, não só nas grandes e médias cidades, mas também nas pacatas cidades interioranas e mesmo na zona rural, na roça, como se chamava antigamente. Parece haver um desespero no ar, de quem se despede e sabe que não terá outra chance de existir. É assim que eu percebo a partida da terceira dimensão, uma avidez incontestável em bagunçar tudo o que ainda pode, para deixar-nos temerosos e descrentes das promessas. Temos que ser inabaláveis, nada de retrocessos, temos que manter os olhos fixos no prêmio, por assim dizer, para não perdermos a perspectiva e nos deixar levar pela aparência do nosso mundo atual. Parece uma dissonância cognitiva, porque vemos uma coisa e acreditamos em outra… pois é. Mais uma vez cabe aqui uma exortação a que nos voltemos para dentro de nós mesmos e busquemos internamente aquilo que tanto desejamos ver em nosso mundo externo… e isso é o que vai terminar acontecendo. Há que se ter persistência, fé, confiança e não nos deixarmos levar pela dúvida ou pela impaciência.
Cada um procura viver nestes tempos da melhor forma possível. Cada um cria a própria crença daquilo que pode esperar do futuro. Vamos respeitar isso, porque cada um sabe de si e não nos cabe julgar o nosso semelhante, no caso de não adotarmos a sua crença, que muitas vezes pode nos parecer como um artifício de sobrevivência. Se a pessoa só consegue se manter firme com isso, que seja, que acredite, que siga o seu caminho. Faz-se o que se pode. Não precisamos acompanhá-lo em sua crença se isso não fizer parte do nosso caminho.
Vamos em frente!
Autor: Ivete Adavaí Brito / adavai@me.com
Fonte: www.adavai.wordpress.com
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