Vamos nos aprofundar mais um pouco nessa questão da inversão de valores. Afinal de contas, conforme já foi mencionado anteriormente, conter o poder de consciências Divinas escravizadas não foi exatamente uma tarefa fácil.
Para tanto, vamos nos lembrar dos famosos 7 Pecados Capitais. Estarei relacionando juntamente com cada pecado, a sua virtude correspondente, só a título de comparação:
2. Avareza (Ganância) - Sua virtude oposta é a generosidade.
3. Luxúria - Sua virtude oposta é a castidade.
4. Ira - Sua virtude oposta é a paciência.
5. Inveja - Sua virtude oposta é a caridade.
6. Preguiça (Procrastinação) - Sua virtude oposta é a diligência.
7. Orgulho - Sua virtude oposta é a humildade.
Resolvi relacionar as virtudes correspondentes por uma razão muito simples: tudo está relacionado com a nossa experiência da dualidade, da lavagem cerebral que sofremos sobre discernir certo do errado.
Só a título de curiosidade, existem demônios associados a cada um desses pecados, conforme está escrito abaixo:
· Belzebu - Gula
· Mamon - Avareza
· Belphegor - Preguiça
· Azazel - Ira
· Leviatã - Inveja
· Lúcifer - Orgulho
É bom lembrar que a igreja sempre trabalhou com aquilo que chamo de "Sentimento de Culpa", exatamente como uma forma de nos manter dóceis e não incorrermos nesses ditos "pecados". Afinal de contas, estamos falando de um Deus impiedoso que pune os pecadores, ou seja, aqueles que insistem em desobedecê-lo!
Mas atentem para cada um desses pecados. Atentem para o quanto eles estão exatamente relacionados intimamente com a natureza humana. É literalmente impossível não incorrer nesses pecados, pois eles estão diretamente ligados com tudo aquilo que nos dá mais prazer, a não ser obviamente as questões de ira, inveja e orgulho, que estão mais ligados às nossas emoções do que propriamente algo que nos dê prazer, nos faça se sentir em êxtase.
Nossos corpos físicos foram construídos para o prazer. Todos os nossos sentidos existem para experimentarmos a vida em sua plenitude, seja degustando uma deliciosa refeição, seja sentindo o cheiro de um perfume delicioso, seja experimentando os prazeres do toque na pele, de um delicioso beijo na boca, de um gostoso abraço, de um afago... Vocês já entenderam onde quero chegar!
E afinal de contas, vivemos em um mundo onde tudo foi "precificado", tudo tem um valor monetário. Portanto, precisamos de dinheiro se queremos viver a vida em sua plenitude, e queremos compartilhar nosso sucesso com nossos amigos e familiares! Nada mais natural do que querer compartilhar isso tudo com quem amamos e queremos bem.
E isso tudo é pecado?!
Não, você não pode tirar proveito do seu corpo para a sexualidade!
Não, você não pode organizar banquetes para seus amigos e familiares; afinal de contas existem tantas pessoas passando fome no mundo, não é verdade?
Não, você não pode acumular fortunas, pois você estará tirando de outros que também precisam de dinheiro para viver!
Não, você não pode ficar sem fazer nada, pois o trabalho enobrece! Trate de arrumar algo para fazer, não deixe para depois o que você pode fazer hoje. Já pensou no seu futuro? Você precisa de dinheiro para viver! Mas não precisa de muito, apenas o suficiente.
Fomos literalmente privados do nosso direito a prosperidade, a abundância, ao prazer, a alegria, ao simplesmente SER.
E uma vez instituída a "cultura da escassez", determinando que nem todo mundo poderia ter prosperidade e abundância, é evidente que as outras emoções viriam como conseqüência, através da comparação: Por que alguns podem ter mais do que os outros? Por que ele pode ostentar essa riqueza toda, ter toda essa luxúria de inúmeras posses, de casas enormes, carros maravilhosos, festas intermináveis, mulheres lindas e maravilhosas, prazer sem fim... E eu não tenho o mínimo para comer? O que ele tem de tão especial, que eu não tenho?
Estava instituída a cultura da comparação, e a inveja era inevitável, já que muitos fizeram uso de seu livre arbítrio para desobedecer essas regras, essa nova coleção de "nãos", e se tornaram avaros, gulosos, viveram uma vida de luxurias, viviam descansando, mentindo, manipulando os outros a sua volta, eram orgulhosos, ficavam irados com quem lhes desobedecessem. Lembram-se dos Narcisistas e Psicopatas? Fazem isso tudo sem remorso nenhum!
Mas veja bem! É virtuoso quem vive com pouco, está sempre trabalhando, é generoso (embora já viva com pouco), faz a caridade (cada vez ficando com menos), mantém a castidade (E fica cada vez mais pilhado, pois o tesão não deixa de existir!), é paciente (Embora não tenha verdadeiramente razões para festejar... Bom, já tem saúde, já é o suficiente! Será?), e vive humildemente (Afinal de contas, já lhe convenceram que não vale a pena ter muito! Isso não seria virtuoso).
Conseguem perceber a inversão de valores nisso tudo? Ao contrário do que se possa imaginar, o Universo trabalha com fluxo, portanto se queremos ser generosos, precisamos ser abundantes, do contrário não teríamos o que oferecer. Temos o direito Divino de sermos abundantes, pois vivemos em um planeta abundante, e temos todo o direito à felicidade, ao prazer, ao Amor, a alegria, à fartura. Temos todo o direito de sentir nossas emoções livremente, não devemos ficar nos reprimindo. Somos seres soberanos e livres!
E isso vale igualmente para todos, não só para um grupo privilegiado.
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