Existe algo mais ameaçador do que aquilo que não podemos perceber? Essa talvez seja uma das maiores sombras da humanidade. No geral sempre nos escoramos em nossos sentidos para nos mantermos seguros de que não existem ameaças por perto. Isso faz parte do nosso instinto mais básico de sobrevivência. Mas se não podemos ver, ouvir, sentir, ou mesmo cheirar, como saber se algo está tentando no matar?
Existe algo mais aterrorizador do que isso?
Como se já não bastasse termos medo da morte e vivermos cercados por ameaças por toda parte, certos filmes de terror também tentam nos manter com medo do invisível. Não basta termos medo de sermos seqüestrados, roubados, assassinados, esquartejados, estuprados, alvejados por balas, também devemos ter medo daquilo que não podemos ver!
Mas será que existem mesmo razões para temermos algo que não podemos perceber? Será mesmo que todo o Universo conspira a favor da nossa morte, da nossa aniquilação? Será que de fato TUDO a nossa volta, visível ou invisível, deseja nos destruir?
É fato que o ser humano é geneticamente limitado em suas percepções físicas, principalmente no que diz respeito a nossa visão. O aparelho sensorial humano encontra-se ajustado com uma largura de banda de freqüências extremamente limitada. Podemos perceber a luz visível e a radiação infravermelha (calor) por meio de nossos sentidos de visão e tato, podemos ouvir uma gama limitada de sons por meio de nossa audição, podemos detectar uma gama limitada de odores por meio de nosso sistema olfativo, e assim por diante. Mas os sentidos de que somos dotados são constituídos de um alcance extremamente limitado. Outros membros do reino animal, de fato, têm seus sentidos sintonizados em diferentes alcances, de modo que os gatos podem ver no escuro, os cães têm olfato e audição altamente sensíveis, e os morcegos têm um senso de audição altamente desenvolvido que funciona como uma forma de radar acústico para navegar por um mundo onde seu poder de visão é essencialmente cego. Além disso, enquanto nossos sentidos são bombardeados com sinais o tempo todo, nosso cérebro filtra esses sinais para que apenas uma fração do que nossos sentidos percebem realmente atinja nossa consciência.
A conclusão é que o que nós, seres humanos, conhecemos e experimentamos como realidade é apenas uma pequena fração do que realmente está ao nosso redor. Nossa interpretação do vasto campo de energia em forma de onda que nos cerca é extremamente limitada. Há muita coisa que não podemos perceber simplesmente por causa das limitações de nossos sentidos e da capacidade de nossos cérebros de processar as informações que nossos sentidos recebem. Mesmo com o benefício de dispositivos periféricos e tecnologia, nossa percepção da realidade só pode ser ligeiramente estendida.
Portanto, existe todo um universo que é basicamente imperceptível pelos nossos sentidos básicos. Torna-se fácil, dessa forma, entender o porquê desse medo!
Mas será que existe de fato alguma razão para temermos essas ameaças? Será que existem de fato AMEAÇAS que não podemos perceber?
Vivemos na Era das Trevas, mas essas trevas estão principalmente baseadas em ausência de informação, do que propriamente a uma percepção muito limitada da realidade em que vivemos. Como já disse antes, tememos aquilo que não conhecemos, e não necessariamente aquilo que não percebemos.
A ciência já nos permite termos conhecimento da existência de vírus e bactérias, e dessa forma podemos nos precaver de nos tornarmos doentes adotando medidas bem simples, como higiene pessoal e preparo adequado dos alimentos que consumimos, para prevenção das doenças provocadas por esses seres que são literalmente invisíveis simplesmente por serem microscópicos. Esse já é um exemplo de como esses vírus e bactérias já deixam de serem ameaças, apenas por tomarmos certas precauções e adotar certos hábitos.
Mas e quanto às ameaças de ordem espiritual, e outros seres que podem existir em dimensões superiores, das quais além de não termos visibilidade, também não podemos percebê-los de forma física?
Será que eles querem de fato nos matar?
Mais uma vez, trata-se de ter conhecimento sobre a natureza desses seres, e boa parte desse conhecimento já vem sendo disseminado a bastante tempo. Tudo começou com Alan Kardec e seus estudos espirituais desenvolvidos à partir do ano de 1855 sobre a natureza dos espíritos desencarnados, a existência da vida após a morte, e mesmo da vida antes do nascimento, da interação mediúnica com esses espíritos, dos processo de obsessão, possessão, etc.
Houveram forças contrárias que tentaram sufocar e destruir esses estudos, como sempre com o intuito de manipulação e restrição desse conhecimento. Mas foi no Brasil que esses estudos da espiritualidade tomaram força e se desenvolveram. Finalmente era possível entender a natureza desses espíritos e o que os motivava a interferirem nas vidas daqueles que ainda se encontravam na fisicalidade.
Entendam: INTERFERIR! Não matar.
Existe uma questão muito importante a ser considerada na questão da Multidimensionalidade. Quando um espírito se liberta de seu corpo físico, o que acontece é que ele deixa de existir na fisicalidade, e por conseqüência ele se torna incapaz de ter certas experiências que só são possíveis de serem experimentadas através de um corpo físico, como o prazer que pode ser experimentado ao degustar um delicioso prato de comida, ou de se tomar uma bebida alcoólica, ou fumar um cigarro, ou mesmo consumir outras substâncias alucinógenas, bem como o prazer sexual físico que pode ser experimentado através de uma relação sexual. Dificilmente valorizamos nosso corpo quando experimentamos tudo isso, talvez por se tornar algo banalizado e corriqueiro. Mas no momento do desencarne, é nesse momento que percebemos o quanto isso tudo pode nos fazer muita falta!
E é nesse momento que esses espíritos recorrem a obsessão de um ser encarnado, exatamente para poderem sentir novamente essas experiências através de alguém que ainda possui seu corpo físico. Mas nesse caso, trata-se muito mais de um caso de vampirismo, de se ligar espiritualmente a alguém ainda vivo de forma parasitária, do que de efetivamente alguém querendo nos matar!
O mesmo se pode dizer de outros seres multidimensionais que existem a nossa volta, que não são exatamente espíritos desencarnados, mas apenas possuem um corpo físico mais sutil que se torna quase impossível de ser notado por nossos olhos físicos. Eu devo dizer "quase", porque existem pessoas que têm percepção mediúnica mais aguçada que são capazes de perceber essas criaturas. Ou seja, elas só são invisíveis porque vibram em uma freqüência energética diferente da nossa, e por esse motivo não são percebidos fisicamente por nós. É como se possuíssem uma certa camuflagem que os tornam invisíveis. Esses talvez sejam realmente ameaças para nossa existência, mas mesmo eles têm limitações. Como dito anteriormente, eles também dependem da nossa fisicalidade para poderem experimentar certas coisas, além de se alimentarem da nossa energia gerada por nossas emoções de baixa freqüência vibratória, como medo, culpa, vergonha, entre outras.
Deixarei para abordar esse assunto mais profundamente em um próximo texto, quando estarei falando sobre os vampiros, os da obra de ficção e os da vida real.
Como disse anteriormente, as ameaças só são ameaças por pura e simplesmente não serem do nosso conhecimento, mas não por não poderem ser percebidas fisicamente. Conhecimento é poder, e é através de vencermos nossos medos e buscarmos o conhecimento necessário que podemos aprender a manter essas ameaças longe de nós, garantindo assim nossa proteção.
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