Somos escravos. Embora muitos possam pensar que o período de escravidão tenha ficado para trás, mas a verdade é que ela apenas se transformou. Os poderosos do planeta apenas perceberam que essa escravidão seria mais eficaz se isso não fosse notado.
Desde os tempos do Império Romano que vivemos essa escravidão. Talvez até antes disso já existisse, uma vez que vivemos em um planeta de dor e sofrimento. Passamos da escravidão declarada para uma escravidão disfarçada.
Iludem-se aqueles que pensam que a escravidão foi abolida, ela apenas mudou de aspecto! Hoje somos escravos do dinheiro, pois precisamos dele para poder pagar a luz elétrica, a água que consumimos, os alimentos, roupas, a casa onde residimos, o carro, a diversão. Construímos um mundo onde tudo deve ser comercializado, nada é dado de graça! E não é que não tenhamos abundância nesse planeta, apenas foram descobrindo que se poderia ganhar dinheiro com tudo que fosse necessidade humana.
Mas essa escravidão não está limitada só ao dinheiro. Somos escravos de nossa própria arrogância, nosso orgulho, nossa vaidade! Prestem atenção no discurso do vencedor, seja ele um vencedor das Olimpíadas, da Copa, ou de qualquer ambiente de disputa que o homem tenha criado. É um discurso de dor, de sacrifício, de obsessão. Todos que se prestam a se dedicar a um esporte, na verdade estão escravizados pela sua determinação, sua ambição em ser o ganhador. O sonho da vitória nos escraviza. E nisso deixamos de lado o Amor à família, aos filhos, aos amigos, e tudo por um breve momento de glória.
E quanto aqueles que perderam? Eles também se escravizaram da mesma forma, lutando, treinando, se sacrificando, sacrificando os limites do próprio corpo, tudo com o mesmo objetivo da vitória. Mas acabam perdedores frustrados, cansados, derrotados, sentimentos que só servem para ampliar sua escravidão e aumentar a sua sede de vitória, aquilo que a humanidade convencionou chamar de motivação.
Deus nunca pretendeu que seus filhos lutassem tanto para obter vitórias na vida, e também nunca determinou que houvessem poucos vencedores! Deus Pai/Mãe, de infinita bondade e Amor incondicional, sempre teve a vontade de que seus filhos, pedaços de Divindade da mesma fonte, se tornem vitoriosos igualmente. Que todos evoluam constantemente, pois que essa é a grande lei natural do universo, e que todos atinjam a perfeição, mas não através da dor, mas através do Amor.
É hora de pararmos de acreditar que a vida deve ser uma luta constante, de que tudo deve ser conquistado com muito sacrifício e dor, e de que nem todos podem ser vencedores.
Perdoem-me aqueles que acreditam na união dos povos através dos grandes eventos esportivos, mas isso também é uma enorme ilusão!
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