No mundo em que vivemos, essas duas palavras foram quase proibidas de serem associadas em conjunto. Mas é óbvio que muitos não compram essa idéia e seguem buscando o prazer, nem que seja por alguns breves minutos.
Para muitos, sexo se tornou algo "sério demais", sempre partindo do princípio de que isso só existe para procriação, para geração de nova vida. Ainda existem aqueles que se Mantém virgens até se casarem com alguém que consideram ser o "Amor da vida deles", para em seguida descobrirem que sua inexperiência no assunto só lhes causará desgosto, sofrimento, atritos, e muito provavelmente o que parecia ser "algo eterno" acaba bem antes de sequer completar o primeiro ano. Valeu a pena levar isso tão à sério?
Existem também aqueles que se preocupam exageradamente com a troca de energias, e escolhem viver uma vida celibatária, nem mesmo praticando masturbação, algo que eles consideram "desperdício de energia". Para alguns desses, as duas palavras já estiveram associadas, mas os desgostos e decepções com esses relacionamentos, muitos deles casuais, ou que acabaram gerando uma ou mais de uma gravidez indesejadas, acabaram levando eles a conclusão de que sexo deve ser algo levado mais a sério, e resolveram "se castrar" de vez.
Para grande parte da população, sexo segue sendo um assunto proibido de ser discutido, ou no mínimo cultivam um pavor tão grande de sua própria sexualidade, que nem sequer conseguem ter coragem de falar a palavra "sexo".
A verdade é que vivemos em uma sociedade castrada por várias vertentes religiosas que definiram o sexo como sendo algo pecaminoso e sujo, e toda essa "demonização" da nossa natureza sexual nos levou a renegar e reprimir nossos instintos, levando muitos a viverem carregando uma enorme culpa de sentirem algo inevitável de ser sentido. Sem contar que todos os sistemas criados para nos manter em modo de sobrevivência, sempre concentrados em um modo de "ganharmos a vida" para podermos pagar nossas contas, colocar comida na mesa, manter um teto e uma cama quente onde dormir, roupas para nos mantermos vestidos, sempre preocupados em manter tudo muito limpo para criar um ambiente livre de agentes infecciosos, torna a possibilidade de encontrar algo "divertido" para ser feito um sonho verdadeiramente distante.
A vida se tornou algo sério demais. Ficam as saudades de quando se era adolescente, as obrigações não eram tantas e sobrava tempo para diversão. Para muitos, essa foi a época das grandes descobertas sexuais, e associar as duas palavras era algo obrigatório. Sexo era muito divertido! Claro, até surgir um "acidente de percurso", nascer um filho indesejado, e a vida se tornar algo muito mais sério.
Não é que o sexo não possa ser divertido, mas a forma de se fazer isso encerra um risco enorme. Esse risco não existe entre casais homossexuais, já que o risco de gravidez é inexistente entre dois homens, ou mesmo entre duas mulheres, e para eles a relação sexual sempre será algo muito divertido! Será que não podemos tirar uma lição disso? Será que não é possível observar uma forma alternativa de se relacionar sexualmente no jeito deles se relacionarem?
As mulheres tendem a concentrar tudo muito mais no toque, nas carícias, nos abraços, nas lambidas, em sugar os seios uma da outra, em trocarem masturbação usando as mãos, em beijarem o genital uma da outra até atingirem o orgasmo, em beijos na boca mais ousados, em chuparem a língua uma da outra, em entrelaçarem seus corpos. Não existe penetração na forma delas se relacionarem sexualmente, a menos que façam uso de falos artificiais. Eventualmente elas só esfregam seus genitais para a estimulação simultânea das suas vulvas. E a diversão é garantida, sem haver o menor risco de gravidez. Será que não vale a pena observar isso?
Para os homens também vale os beijos na boca, os abraços, a troca de masturbação, a troca de sexo oral entre eles. E porque ambos são dotados de falos naturais, eles podem ser usados para penetrarem um ao outro analmente, ou mesmo até esfregarem seu falos.
Longe de mim querer sequer insinuar que todos devem se tornar homossexuais para terem verdadeira diversão durante o sexo! Mas... Se pura e simplesmente tirarmos o foco da penetração do pênis na vagina, não poderíamos nos divertir muito mais, e de forma mais segura?
Masturbação é a forma mais básica de se relacionar sexualmente. Mesmo se for considerado a penetração do pênis na vagina, isso não se trata de uma masturbação simultânea? Mas o risco da gravidez sempre estará presente nessa categoria, mesmo que o coito seja interrompido!
Trocar masturbação, sexo oral, sexo anal (Claro, desde que praticado com a devida lubrificação!), tudo isso podem ser variantes de uma relação sexual muito mais divertida e segura. E para que isso seja extremamente prazeroso, basta que o casal esteja aberto a aprender as melhores formas de darem prazer um ao outro. A mulher deve ensinar ao homem de que forma ela sente mais prazer quando ela se masturba, para que ele possa dar esse prazer a ela quando ele a masturbar. O mesmo deve ser dito do homem de ensinar a sua mulher de que forma ele mais gosta de ser masturbado. Isso tudo, evidentemente, sempre partindo-se do princípio que ambos já se masturbam habitualmente, e fazem isso de forma livre, relaxada e muito prazerosa, quando resolvem se "divertir sexualmente" sozinhos.
E sim, "Fazer Amor" consigo mesmo é algo muito importante nesse processo, pois é dessa forma que desenvolvemos intimidade com nosso próprio corpo e podemos observar os pontos mais sensíveis ao toque.
Precisamos resgatar a diversão na nossa forma de se relacionar sexualmente, e isso requer um nível de intimidade que precisa ser desenvolvida com o tempo.
E por falar em tempo... Esqueçam-se das horas quando estiverem se explorando sexualmente!
Mas aconselho evitarem a penetração, para que não hajam "acidentes de percurso".

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